quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Bela e o Estranho (#2)


Conheces finalmente a cara por detrás das mensagens anónimas,

Olhas para ele e ficas surpreendida, parece a personagem dos teus sonhos, sonhos esses em que ele te satisfaz inúmeras vezes e acordas molhada.

Ele aproxima-se de ti, ficas paralisada
Esperas que ele te diga algo e tal não acontece
Ele apenas puxa a tua cadeira para que te sentes, ao te ajudar, propositadamente ou não, ele toca-te ligeiramente no ombro...dá-te um arrepio de prazer na pele
disfarças a situação com um leve sorriso.

Ele volta a sentar-se, segura na carta de vinhos...queres impedi-lo de escolher para ti porque sabes que não te consegues controlar depois de beber
Não tens forças para lhe dirigir palavra, vais aceitar o que ele pede.

Surge o empregado de mesa, que começa a servir as entradas
O estranho homem pede o vinho, o empregado anota o pedido e tu olhas timidamente para o estranho homem que se encontra à tua frente.
Ele apercebe-se e desvia o olhar para ti.

Por breves segundos, os vossos olhares tornam-se num campo de prazer
Sentes uma atracção como nunca antes tinhas sentido
Ele tenta colocar-te à vontade e tu tentas resistir ao charme dele mas sabes que isso não é possivel, é tarde demais...

Ele pergunta o que vais desejar para o almoço
seguras na carta e fazes de conta de que vais desejar algo dali
Mas sabes bem o que desejas e olhas para ele.

Escolhes ao acaso e revelas a ele o que desejas do menu,
Para que ele faça o pedido assim que o empregado surgi-se.

Enquanto esperam, vocês trocam olhares, ele fala contigo mas não respondes,
ficas silenciosa, mostra um ar de abatida por um cansaço que não existe
Ele apercebe-se disso e segura-te a mão

Não queres que ele te toque, mas deixas que ele continue
Faz-te algumas caricias, fechas os olhos
E de repente sentes um desejo ardente a correr pelas tuas veias

Queres sair do restaurante, queres leva-lo contigo


Não queres denunciar o desejo de o possuir, de seres possuída por um estranho que te faz sentir
diferente, que te faz sentir como se tivesses dentro de um dos teus sonhos carnais

De repente tudo acaba e tudo começa.

Levantas-te da mesa, esqueces o almoço e pedes-lhe para te levar a casa.
Ele quer saber o que se passa, quer saber se não gostas-te do restaurante
De imediato lhe respondes que adoras-te a surpresa para almoçar,
Continuas a insistir que ele te leve a casa

E assim ele te faz a vontade, leva-te ao apartamento.
Não foi preciso tu lhe dizeres onde tu moravas
Reparas-te que ele já sabia.



Deixa-te á entrada do apartamento, educadamente ele abre-te a porta do carro
Sais com um sorriso na cara e agradeces, porque não estás habituada que te tratem assim.



Queres a companhia dele





(cont.)




Sem comentários: